MESAS DISCENTES - 05/05/2022

4º DIA DE EXPOSIÇÕES

QUINTA-FEIRA - 05/05/2022


MESA 10 - NIETZSCHE

Horário: 10:00-12:00

Link: https://www.youtube.com/watch?v=m6y6-aJXvX0


JULIO CESAR FERREIRA DE MATOS FREITAS (UFG)

Nietzsche: crítica à metafísica como crítica à ideia essencialista sobre gênero

Orientação: Adriana Delbó Lopes

E-mail: cjulio.freitas98@gmail.com


Resumo: O objetivo desta comunicação é fornecer uma análise sobre as questões de gênero no contexto da obra nietzschiana. Partimos da hipótese segundo a qual a crítica à ideia essencialista sobre gênero e à igualdade entre os sexos, se retiradas do escopo da crítica de Nietzsche à metafísica, tem como consequência a deturpação do projeto cultural-filosófico de Nietzsche, intitulado “transvaloração de todos os valores”.

Palavras-chave: Gênero; Metafísica; Verdade-mulher; Nietzsche.


PAULO GOMES DA CUNHA NETO (UNICAP)

A origem da lógica segundo Nietzsche

Financiamento: PIBIC

Orientação: Eleonoura Enouque Da Silva; Martha Solange Perrusi

E-mail: paulo.2021103574@unicap.br


Resumo: Se considerarmos os primórdios da lógica, veremos que é uma filosofia da linguagem cuja atenção principal se volta para verificar a validade dos enunciados. Dessa forma, fica claro que a verdade é buscada no discurso. Nietzsche voltou-se para a tradição filosófica e questionou a possível "genealogia" da lógica. A genealogia é uma abordagem nietzschiana que busca compreender as origens das coisas sob investigação, bem como as mudanças históricas baseadas em avaliações de valor. O que Nietzsche quer dizer quando diz que a origem da lógica é ilógica? Essa pergunta orienta a pesquisa. As principais fontes de leitura deste trabalho são “Gaia Ciência”, “Humano demasiado Humano”, em que Nietzsche trata diretamente das questões sobre a Lógica. Os resultados da pesquisa procuram compreender o pensamento de Nietzsche seguindo o raciocínio de que o lógico nasce de um processo ilógico.

Palavras-chave: Lógica; Ilógico; Genealogia; Nietzsche; Investigação.


RAMON ORDONHES (USP)

A segunda consideração extemporânea no corpus nietzscheano de juventude

Orientação: Eduardo Brandão

E-mail: ramon.ribeiro@usp.br


Resumo: A Segunda Extemporânea se acomoda no interior de uma fase específica da produção nietzscheana (a chamada “metafísica de artista”), tomando seu lugar nesse primeiro esforço crítico frente à modernidade. Nesse escopo, ela deve, à sua maneira – por meio da ponderação do valor/desvalor da história para a vida –, enfrentar a cultura teórica socrática ora anunciada n’O nascimento da tragédia. Tal arqui-inimigo do empenho trágico da fase inaugural do filósofo, visto pelo prisma da Segunda Extemporânea, ressurgiria na figura do erudito moderno, cuja hiperatividade histórica (preponderantemente teórica, contemplativa) funcionaria como um “veneno” à cultura europeia de então. Assim, o trabalho examina o texto da Segunda Extemporânea a partir da relação que a “unidade de estilo” e a "capacidade a-histórica" (força plástica) de um povo deteria frente ao projeto de uma recondução da cultura alemã.

Palavras-chave: Jovem Nietzsche; Sentido histórico; Unidade de estilo; Extemporaneidade.


FELIPE DE SOUZA FERREIRA (USP)

A quem Zarathustra procura

Orientação: Eduardo Brandão

E-mail: Feripe.ferreira@usp.br


Resumo: Em Assim Falou Zaratustra, Nietzsche demonstrou diretamente seu caminho para encontrar os filósofos do futuro; para além da criação de gênios e papagaios do tempo, os espíritos livres foram chamados: um tipo humano sem forma específica, representado para poder não ver-se sozinho, mas também não se prender a nada. Questionadores dos canais da comunicação comum, perguntam de onde vem tais ideais ou quem se está seguindo, aspirantes a buscadores das verdades e razões que podem ser concretizadas.

Palavras-chave: Vontade; Liberdade; Educação.


MESA 11 - ÉTICA E FILOSOFIA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA

Horário: 10:00-12:00

Link: https://youtu.be/hoy4tL1SVok


PEDRO MEIRA GAVA RAMOS BARBOSA (USP)

Dialética do conflito ⎼ classes e luta de classes em Daniel Bensaïd

Financiamento: FAPESP

Orientação: Ruy Gomes Braga Neto

E-mail: pe.gava@hotmail.com


Resumo: A questão das classes é um tema com uma longa história no interior da teoria social. Neste âmbito, as formulações de Marx foram objeto de diversas interpretações e apropriações ao longo do século XX. Este trabalho propõe-se a investigar uma destas interpretações: a do filósofo marxista francês Daniel Bensaïd. Assim, o objetivo central da pesquisa é compreender as noções de classes e de luta de classes no pensamento de Bensaïd. Trata-se de uma pesquisa de natureza teórica, apoiada na leitura e análise de bibliografia. É central para Bensaïd a compreensão de que Marx não trabalha com definições, procedimento típico da sociologia de inspiração positivista. A investigação de Marx se envereda antes pelos caminhos de uma lógica das determinações, de matriz dialética. Busca deste modo apreender as relações de classe em meio aos conflitos que lhe são inerentes: diante das lutas de classes.

Palavras-chave: Daniel Bensaïd; Marx; Marxismo; Classes; Luta de classes.


HIAN SOUSA DE SOUZA (UFPA)

A ascensão do nacionalismo e dos movimentos de extrema direita: apontamentos a partir de Marx e Wendy Brown

Financiamento: UFPA

Orientação: Loiane da Ponte Souza Prado Verbicaro

E-mail: hiansousa732@gmail.com


Resumo: O objetivo deste trabalho é discutir o recrudescimento dos movimentos nacionalistas e de extrema direita em diversas partes dos continentes. Para atingir este objetivo, discutiremos este fenômeno tomando como referência a obra de Marx (“Manifesto Comunista”, “A Forma-Mercadoria”), no qual o nacionalismo é entendido sob uma forma fetichista, no qual a relação entre homem e nação ganha contornos naturais e místicos, e desta relação surge uma noção abstrata de indivíduo pertencente a uma nação, no qual aqueles que não conseguem se encaixar neste perfil podem ser excluídos. Ademais, outro prisma analítico será as reflexões de Wendy Brown (“Estados Amurallados, Soberanía en Declive), no qual a filósofa analisa os ataques da extrema direita nacionalista contra os estrangeiros a partir do fenômeno do amuralhamento, que é o resultado do declínio da soberania política e do imaginário nacional.

Palavras-chave: Marx; Wendy Brown; Nacionalismo; Soberania Política; Fetichismo.


ARIANE BARROCAL VELASCO (USP)

Mundo administrado, racionalidade burocrática e indústria cultural: Adorno leitor de Weber

Orientação: Luiz Sérgio Repa

E-mail: arianevelasco@usp.br


Resumo: A pesquisa busca compreender a ideia de administração conforme empregada em alguns dos principais textos de Adorno, bem como a sua relação com a indústria cultural, compreendida como fundamental para a manutenção de uma administração que se impõe sobre os indivíduos. A hipótese da investigação proposta consiste em mostrar que (e como) o conceito de mundo administrado em Adorno se ergue nas relações com a noção weberiana de burocracia, de um lado, e com o próprio conceito de indústria cultural que Adorno desenvolve em diferentes maneiras, desde a Dialética do Esclarecimento (Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985).


Palavras-chave: Mundo administrado; Burocracia; Indústria cultural.


MESA 12 - FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA: SARTRE E BADIOU

Horário: 10:00-12:00

Link: https://www.youtube.com/watch?v=JP8sYXcXXIo


ÁGATHA CAVALLARI (USP)

Entre o sonho e a contemplação estética: desencanto contingente e fascinação imaginária em Sartre

Financiamento: FAPESP

Orientação: Marcus Sacrini

E-mail: agatha.cavallari@usp.br


Resumo: Ao final de "O imaginário", Jean-Paul Sartre aborda o problema da obra de arte e, com base no exame sobre a consciência imaginante, o filósofo francês afirma a irrealidade da criação artística. Assim, ao exemplificar suas concepções sobre a arte, à luz da consciência que nadifica o mundo, Sartre menciona como a contemplação estética é tal como um “sonho provocado”; ao passo que a saída do imaginário e o consequente retorno ao real, é análogo ao despertar. Todavia, romper a fascinação irreal implica a volta do sujeito ao fastio que acompanha a consciência perceptiva. Em nossa exposição, pretendemos analisar como se dá a aproximação entre a imersão no imaginário, segundo o caso musical, e a noção de sonho na perspectiva sartriana, de modo a clarear a passagem da atitude imaginante ao real. Para isso, aludiremos à última parte de "a vida imaginária" e à conclusão do livro supracitado.

Palavras-chave: Sonho; Obra de Arte; Imaginário; Real.


MONIQUE JESUS DE ARAÚJO (UERJ)

"A ontologia só é possível como fenomenologia"? Sim! A tese de Sartre sobre a transfenomenalidade da consciência

Financiamento: PIBIC

Orientação: Tito Marques Palmeiro

E-mail: monique.jesus@live.com


Resumo: O filósofo Martin Heidegger, na obra Ser e Tempo, propõe uma nova abordagem para o problema filosófico do ser: o sentido deste só pode ser estabelecido pela demonstração das suas manifestações; sendo demonstrar o mostrar a partir de algo que se mostra. Sobre essa abordagem, ele afirma: “A fenomenologia é o modo-de-acesso ao que deve se tornar tema da ontologia por determinação demonstrativa. A ontologia só é possível como fenomenologia.” Reagindo a essa afirmação, o filósofo Jean-Paul Sartre, na obra O Ser e o Nada – Ensaio de ontologia fenomenológica, estabelece a consciência humana como o tema da ontologia. Entretanto, ele a estuda partindo do princípio que é “a dimensão de ser transfenomenal do sujeito” – em outras palavras, a consciência não aparece. Surge então, um problema: como a fenomenologia poderá se ocupar de uma dimensão de ser que escapa à condição fenomênica?

Palavras-chave: Sartre; Fenomenologia; Transfenomenalidade.


PEDRO RODRIGUES NACCARATO (USP)

A dimensão ontológica dos objetos em "Logiques des Mondes", de Alain Badiou

Financiamento: FFLCH

Orientação: Osvaldo Frota Pessoa Jr.

E-mail: prnaccarato@gmail.com


Resumo: Em “Logiques des Mondes”, Alain Badiou se coloca o problema de formular uma doutrina geral das modalidades de composição de objetos e pontos de vista no interior de mundos particulares. Badiou encontra na teoria das categorias, e mais especificamente em uma área sua que trata de estruturas especiais chamadas de topos de Grothendieck locais, um vocabulário sistemático para realizar tal projeto. Em nossa pesquisa, buscamos compreender a reconstrução proposta por Badiou do conceito de objeto no interior dessa nova gramática. Nosso principal interesse com isso é o de esclarecer o sentido de Badiou, especificamente quando da apresentação deste conceito, fazer recurso também à teoria dos conjuntos, cujo estatuto em seu sistema é o de uma ontologia. Acreditamos que essa questão fornece uma chave de leitura relevante para compreender a relação de Badiou com outros autores da tradição ocidental.

Palavras-chave: Materialismo; Objeto; Badiou; Matemática.

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