MESAS DISCENTES - 06/05/2022

 5º DIA DE EXPOSIÇÕES

SEXTA-FEIRA - 06/05/2022


MESA 13 - MICHEL FOUCAULT

Horário: 10:00-12:00

Link: https://youtu.be/LZWqf5DHaVs


ELIVELTON LEONEL DA SILVA (USP)

A rede murmurante: o riso foucaultiano e as disposições gerais do saber

Financiamento: PET

Orientação: Pedro Paulo Pimenta

E-mail: eliveltonleonel@usp.br


Resumo: A presente pesquisa busca salientar a dimensão humorística apontada em Michel Foucault por Gilles Deleuze que, aos nossos olhos, adquire aspectos interessantes quando voltada para a problemática da literatura e delimitada ao campo da arqueologia. Neste sentido, almejamos reconhecer certo riso ou determinado “murmúrio anônimo” onde a história e os saberes não serão pensados apenas enquanto produtos de tal ou qual “finitude”, mas principalmente como um “há” impessoal, ou seja, como uma condição vazia e murmurante que não se forma exclusivamente pelos sujeitos, mas os atravessa. Assim, traçando relações entre a arqueologia foucaultiana e a literatura, o riso poderá nos aparecer como um conceito que marca a “descontinuidade” fundamental do saber, o aspecto não antropológico da arqueologia e o elemento informal que vincula singularidades e formas visivelmente heterogêneas mediante certo regime de luz e de linguagem. Torna-se possível, então, uma história sem segredos, que vê e diz tudo o que pode ver e enunciar.

Palavras-chave: Arqueologia; Literatura; Riso; Foucault.


EDUARDA SANTOS MARQUES (USP)

Relações corpo-mercado: a biopolítica do feminino no contexto neoliberal

Financiamento: CNPQ

Orientação: Tessa Lacerda

E-mail: eduarda.marquesantos@usp.br


Resumo: Encarando a biopolítica como o controle de corpos para a manutenção do capitalismo, o sujeito passa a ser atuante na sua passividade, tornando-a objeto de desejo capitalizado, o sujeito-empresa. O objetivo do projeto é investigar como os novos dispositivos e funções de controle do neoliberalismo atuam sobre o feminino e suas subjetividades, e como o emaranhado de poderes se cruzam para a dominação da figura da mulher. Aborda-se a teoria da biopolítica feita por Foucault, mas contextualizando as novas realidades neoliberais, entendendo que tal sistema não apenas destrói certas organizações mas constrói novas relações sociais, novas subjetividades.

Palavras-chave: Feminismo; Neoliberalismo; Biopoder.


LUCAS BITTENCOURT VASCONCELLOS (USP)

A literatura em As Palavras e As Coisas de Michel Foucault: o caso de Borges

Financiamento: FAPESP

Orientação: Silvana de Souza Ramos

E-mail: lucas.bittencourt.vasconcellos@usp.br


Resumo: Em As palavras e as coisas, Foucault afirma que a literatura é a contestação da filologia, embora seja sua figura gêmea. Nesse sentido, esta comunicação pretende discutir a maneira como Foucault compreende os poderes da literatura a partir do lugar que ela ocupa na episteme moderna. Mas focalizando, por um lado, como a literatura se coloca em relação às condições dispostas pela filologia no que tange à existência da linguagem e se concentrando, por outro lado, na interpretação do conto O idioma analítico de John Wilkins realizada por Foucault no prefácio de As palavras e as coisas.

Palavras-chave: Michel Foucault; Borges; Literatura; Filologia; História.


MESA 14 - MODERNIDADE E TEORIA DO CONHECIMENTO

Horário: 10:00-12:00

Link: https://youtu.be/esissFI0jfw


GABRIEL VON PRATA LAZARO (UNESP)

A noção de comparação em Condillac: uma análise do Ensaio sobre a origem dos

conhecimentos humanos

Financiamento: FAPESP

Orientação: Ricardo Monteagudo

E-mail: von.prata@unesp.br


Resumo: O presente trabalho tem o objetivo de discutir a noção de comparação no Ensaio sobre a origem dos conhecimentos humanos de Condillac. Segundo Condillac, o pensamento pode ser entendido como uma cadeia composta de diversos elos. É por meio da investigação desses elos que Condillac consegue chegar à origem dos conhecimentos e compreender o papel de cada operação da alma. A razão, neste contexto, é descrita segundo a atividade de diversas operações que, em conjunto, permitem operações complexas sobre signos. Diante dessa perspectiva, a presente proposta de comunicação busca identificar o papel da comparação para a atividade da razão segundo a atividade dos signos de instituição. Ou seja, busca-se analisar a perspectiva de Condillac a fim de compreender o papel da comparação para a atividade da razão.

Palavras-chave: Condillac; Comparação; Razão.


LUCAS MACEDO NOJOSA (UNICID)

Universalismo em Kant: continuidades e rupturas

Orientação: Américo Soares da Silva

E-mail: lucasnojosa5@gmail.com


Resumo: O presente trabalho busca expor, por meio de uma sucinta análise, o conceito de Universal apresentado nas obras do período crítico Kantiano. O que se pretende ao apresentar tais conceitos é o esclarecimento dos mesmos enquanto pertencentes a uma configuração de pensamento semelhante e diferente, ao mesmo tempo, do que se vinha produzindo até a modernidade. Kant, inserido em um contexto fervoroso de embates epistemológicos, lança mão de particularidades próprias do seu universalismo, deitado sob novas questões e limites. Ainda assim, a fundamentação de seu pensamento observado, se desdobra em um estudo que possibilita enxergar conjunturalmente, sob que bases, Kant, se insere em uma tradição de questionamento do espírito sobre si mesmo, para chegar a conclusões para pensar uma visão de mundo.

Palavras-chave: Universalismo; Kant; Modernidade.


BRUNA ABAD SANTOS (USP)

A recepção do criticismo kantiano na teoria do conhecimento de Schopenhauer

Orientação: Maria Lúcia Cacciola

E-mail: bruna.abad@usp.br


Resumo: Este projeto de pesquisa se propõe a investigar o seguinte problema: como o conhecimento é possível em Schopenhauer a partir da afirmação de que as formas do conhecer (tempo, espaço e causalidade) não são intuições e concernem apenas às representações abstratas? Mais precisamente, como a filosofia neokantiana de Arthur Schopenhauer fundamenta o conhecimento simultaneamente com a assunção de uma ruptura com as categorias kantianas do entendimento, aplicação das formas do conhecer a uma outra estrutura conceitual e crítica severa à razão kantiana como meramente instrumental e ao tempo e espaço como intuições puras? Como o conhecimento é possível em Schopenhauer? Há juízo sintético a priori em Schopenhauer?

Palavras-chave: Juízo; Crítica; Conhecimento.


MESA 15 - FILOSOFIA E EDUCAÇÃO

Horário: 10:00-12:00

Link: https://www.youtube.com/watch?v=4VNln6hrvVU


ANA LUÍSA WOHLHAUPTER MOURA MASCARENHAS DOS SANTOS (UFT)

A perspectiva feminista de bell hoocks na pratica educativa

Financiamento: CAPES

Orientação: Paulo Sergio Gomes Soares

E-mail: analulumoura@hotmail.com


Resumo: O presente trabalho busca apresentar a perspectiva político-feminista de bell hoocks na emancipação do sujeito e a sua relação com a ‘’práxis freiriana’’ no contexto educacional brasileiro. Objetivando-se explicitar o caráter político e hermenêutico que envolvem e constituem as práticas educativas e feministas, e como ambas se relacionam com a ideologia libertadora de Paulo Freire, para tanto, utilizaremos como base teórica e epistemológica o livro ''Ensinando a Transgredir: A Educação como Prática da Liberdade’’ de bell hoocks. Nesse sentido, pretende-se discutir as relações conceituais que envolvem uma pratica educativa sob a ótica feminista, e o caráter político e filosófico intrínsecos a ela.

Palavras-chave: Educacional; Emancipação; Feminista; Libertadora; Prática.


ROMUALDO BATISTA MALAQUIAS (UFCG)

Questões de gênero no currículo de filosofia: análise do livro didático PNLD-2018

Orientação: Flávio José De Carvalho

E-mail: romualdomalaquias@gmail.com


Resumo: Esta comunicação analisa como os livros didáticos de Filosofia do Ensino Médio do PNLD 2018 lidam com as Questões de Gênero. O objetivo é compreender como a filosofia pode auxiliar na desconstrução dos papeis sociais de gênero. A metodologia utilizada é qualitativa de natureza básica, exploratória e bibliográfica. O referencial teórico é uma articulação entre os conceitos de injustiça epistêmica na obra Injusticia Epistémica: El poder y la ética del conocimiento (2017), de Miranda Fricker, e o dualismos hierárquicos presente na obra Os usos do mito, da imagem e do corpo da mulher na re-imaginação do conhecimento (1997) de Donna Wilshire. O resultado aponta que apenas um dos oitos livros didáticos dedica um capítulo para trabalhar Questões de Gênero.

Palavras-chave: Filosofia; Gênero; Ensino; Desconstrução; Social.

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