MESAS DISCENTES - 02/05/2022

 SEGUNDA-FEIRA - 02/05/2022


MESA 1 - FILOSOFIA DA LINGUAGEM

Horário: 10:00-12:00

Link: https://www.youtube.com/watch?v=Qx3Yu-iTI0I


ANDREA CARLA DA SILVA PEREIRA (UNICAP)

Austin e Grice: teoria dos atos de fala e implicaturas conversacionais

Financiamento: PIBIC UNICAP/FASA

Orientação: Eleonoura Enoque da Silva

E-mail: andrea.carlaa15@gmail.com

 

Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo explicitar a teoria dos atos de fala de Austin e a teoria das implicaturas de Grice, mais especificamente, entender como a compreensão do significado, nas duas teorias, envolve o reconhecimento das intenções do falante. Este trabalho justifica-se em mostrar a relevância filosófica de uma percepção pragmática da linguagem, adotando uma visão de que a mesma não se constitui somente de relacionar veracidade das informações, muito menos para apenas dizer algo perante uma sociedade, mas também, por meio de normas de interação linguística, atuar como um agente de transformação. Se falamos algo, temos meios e objetivos que, de acordo com o entendimento do ouvinte, podem ou não serem concretizados. Se tornou nítida a importância acadêmica da pesquisa, abrindo espaço para estudo de diversas situações, seja uma negociação ou até mesmo um debate político.

Palavras-chave: Filosofia da Linguagem; Austin; Grice.


JOÃO VITOR WOHLHAUPTER MOURA MASCARENHAS DOS SANTOS (UFT)

Entre a consciência, a representação e o mundo existem a linguagem e seus jogos, uma análise a partir de Wittgenstein

Financiamento: CAPES

Orientação: Leon Fahri Neto

E-mail: joaovitot17@gmail.com


Resumo: O objetivo desse trabalho é retratar a influência de Wittgenstein na virada linguística e o surgimento da Filosofia Analítica. Antes da virada linguística, o conceito de linguagem era mais singelo,  simplista e abrangia algumas definições tais quais: sistemas de signos verbais e dialetos comunicativos-representativos, que restringiam o conceito de linguagem apenas aos conjuntos de signos estritamente verbais e definia a linguagem apenas como meio de comunicação, pensamento e descrição representativa da realidade. Mas qual outra função cabe à linguagem? O debate acerca da linguagem após a virada linguística, adquire uma  nova hierarquia epistemológica, tornando-se preocupação da Filosofia. Assim surge a questão: A linguagem possui uma essência? Nesse sentido, a linguagem adquire uma nova modelagem conceitual, por meio da ruptura ontológica conceitual, acerca da essência real das palavras.

Palavras-chave: Ludwig Wittgenstein; Filosofia Analítica; Virada Linguística.


VERIDIANA CALHARES DE ALMEIDA SANCHEZ (USP)

As Influências Mauthnerianas no Tractatus de Wittgenstein

Financiamento: CAPES

Orientação: Márcio Suzuki

E-mail: augustosanchez@usp.br


Resumo: Wittgenstein menciona brevemente, na proposição 4.0031 do Tractatus, um certo Mauthner, a quem ele explicitamente rejeita e se distancia: toda filosofia é uma crítica da linguagem, mas não no sentido mauthneriano de crítica da linguagem… Essa proposição nos força a duas perguntas: primeiramente, qual o sentido mauthenriano de crítica da linguagem? E, secundariamente, qual o sentido de crítica da linguagem aqui empregado, isto é, como divergem Mauthner e Wittgenstein?  Antes que Wittgenstein publicasse o seu opúsculo, aquele filósofo menor da Boêmia já havia tocado nas mesmas questões, e o austríaco tinha conhecimento disso.  Tentaremos revelar algumas das semelhanças e diferenças entre os projetos de Crítica da Linguagem dos dois pensadores, propondo assim  uma reflexão acerca das influências formativas do Tractatus que antecedem Russell e Frege, para então melhor compreendê-lo.

Palavras-chaves: Wittgenstein; Mauthner; Linguagem.



MESA 2 - GOETHE 

Horário: 10:00-12:00

Link: https://www.youtube.com/watch?v=Jh6TEVFbop0


GABRIEL ROCHA PINHEIRO (USP)

Goethe, Schlegel e Hegel: o valor artístico do ornamento gótico

Orientação: Oliver Tolle

E-mail: gabrielrp@usp.br 


Resumo: A ideia central deste projeto consiste em investigar a importância que Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) atribui ao ornamento, com base no capítulo "A Arquitetura Romântica" dos Cursos de Estética. O presente trabalho será desenvolvido sob a forma de uma pesquisa comparativa, a partir do texto "Sobre a Arquitetura Alemã" de Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) e das passagens sobre a arquitetura gótica presentes na Doutrina da Arte de August Wilhelm von Schlegel (1767-1845). O estudo destas obras coincide com o objetivo geral aqui proposto: compreender como Hegel se posiciona diante do problema do ornamento gótico.

Palavras-chave: Estética; Filosofia da Arte; Hegel.


GESSÉ ESTRELA PINHEIRO (FUNIP)

O papel da imaginação na produção do conhecimento

Orientação: Márcio Oliveira Souza da Silva

E-mail: gessepinheiro@yahoo.com.br


Resumo: Qual seria o papel da imaginação na produção do conhecimento? Seriam as grandes ideias científicas, as inovações tecnológicas e as admiráveis políticas sociais devedoras da faculdade da imaginação humana? Para uma das principais investigações epsitemológicas, a filosofia crítica de Immanuel Kant, a produção de conhecimento reside nos denominados “juízos sintéticos”. O pensador Goethe, se apropriou da epistemologia kantiana interpretando que no âmbito teórico a faculdade da imaginação é o principal vetor de “síntese” na cognição humana. Essa pesquisa se propõe, portanto, a descrever a proposição de Goethe a respeito do poder da imaginação, estabelecendo assim, o lugar dessa proposta entre outras proposições filosóficas, como as de Aristóteles, David Hume, bem como proposições neurocientíficas, e a partir disso demonstrar a importância da imaginação na produção do conhecimento humano. 

Palavras-chave: Goethe; Kant; Imaginação; Conhecimento. 


JOÃO AUGUSTO ARAÚJO FERREIRA (USP)

Percepção e formação através da análise do colorido em Goethe

Financiamento: CNPQ

Orientação: Marco Aurélio Werle

E-mail: joaoaugustoaf@usp.br


Resumo: Busca-se sistematizar os estudos de Goethe acerca do colorido, empreendidos a partir de sua excursão italiana e compilados em sua Doutrina das cores, com ênfase no caráter da subjetividade. Trata-se de uma abordagem que explicita o caráter formativo da investigação do poeta acerca do colorido, especialmente na pintura, quando levados em consideração seus escritos anteriores à publicação das análises a respeito da cor. Nesse ínterim, faz-se relevante um retorno às concepções ainda recentes de Goethe em torno da investigação das cores — como sua Viagem à Itália, o comentário ao Ensaios sobre a pintura (1795), de Diderot, e os esboços da crítica à física newtoniana. Importa também, em tal processo, a relevância que o poeta alemão atribui à possibilidade de se pensar a totalidade das naturezas orgânicas, isto é, uma ciência simbólica do mundo, segundo a apreensão do fenômeno cromático.

Palavras-chave: Doutrina das cores; Goethe; Subjetividade; Natureza



MESA 3 - FILOSOFIA ANTIGA E MEDIEVAL

Horário: 10:00-12:00

Link: https://www.youtube.com/watch?v=fz96RJjyKjc


ANA PAULA DE JESUS CARVALHO (UFBA)

A relação entre as potências matemáticas e o ‘Lógos’

Orientação: Gislene Vale dos Santos

E-mail: anapaulacarvalho090@gmail.com


Resumo: Quando a alma se põe a dialogar consigo mesma, nos limites do investigar filosófico, ela busca por uma definição que possa ser comum à questão mobilizadora desta atividade do pensamento. É o que pode ser notado no Teeteto quando a questão acerca do conhecimento (epistéme), da relação entre as sensações e o inteligível, exige, para o gesto da reflexão, o estabelecimento de um caminho que auxilia o entendimento (diánoia) a chegar, ou não, a um termo. A dialética é, nesse sentido, o instrumento que permite uma reflexão pautada em critérios, formulando recursos capazes de examinar, desde certos tipos de imagens, as múltiplas opiniões. Para compreender o papel da alma nessa caminhada, analisarei, a partir da resposta sobre as potências matemáticas, descrita em 148d, em que medida uma imagem que mistura sensível e inteligível é capaz de auxiliar a busca pelo lógos atribuído à filosofia.

Palavras-chave: Teeteto; Analogia; Matemática; Alma; Conhecimento.


DANIELA FERNANDES CRUZ (UNIFESP)

Metafísica Z.17 e o modelo explanatório-causal dos Segundos Analíticos II

Financiamento: FAPESP

Orientação: Breno Andrade Zuppolini

E-mail: daniela.fernandes12@unifesp.br


Resumo: Aristóteles desenvolve em Segundos Analíticos (APo) II.8-10 um modelo de estrutura triádica que revela a essência de um determinado item a partir da sua causa: a demonstração silogística. Em APo, esse modelo explanatório-causal é aplicado aos casos de processos naturais (e.g. eclipse, trovão) e, apesar de mencionadas, as substâncias sensíveis (e.g. homem) não são concretamente analisadas – algo consolidado apenas a partir de Metafísica Z.17 através da análise hilemórfica. O objetivo desta comunicação é explorar a apresentação específica do modelo em Met. Z.17 e sua aplicação ao caso omisso de APo (i.e., as substâncias sensíveis) tendo em vista: i) o acréscimo da análise hilemórfica, ausente de APo, e de que modo esta permite a formulação de explananda legítimos; ii) a demonstração silogística aplicada aos casos cuja essência é revelada não pela causa eficiente, mas pela causa final.

Palavras-chave: Aristóteles; Demonstração; Causalidade; Silogismo; Metafísica.


JOÃO GABRIEL HAIEK ELID NASCIMENTO (UNESP)

A distinção entre essência e ser em Tomás de Aquino

Financiamento: Bolsa reitoria

Orientação: Andrey Ivanov

E-mail: gabrielelid@hotmail.com


Resumo: Procuramos retomar um intenso debate que permeia boa parte da tradição metafísica: a distinção e, por conseguinte, composição entre existência (esse) e essência nos entes finitos. O momento eleito para essa análise foi a exposição feita por Tomás de Aquino sobre a essência das substâncias simples no capítulo quarto (IV) do seu opúsculo De ente et essentia: seja por nos proporcionar uma exposição sintética de importantes teses que serão desenvolvidas nos trabalhos de maturidade do Aquinate, seja como uma referência a serviço dos problemas reestudados regularmente ao longo da história sobre o grande tema da existência. Tal discussão alimentada postumamente desde os seus contemporâneos versa principalmente sobre o estatuto lógico ou ontológico da distinção admitida, e qual a sua importância frente a sua metafísica.

Palavras-chave: Ser; Existência; Essência; Tomás de Aquino.


SAMIA SOUEN TORTORELLA (UNICAMP)

Os conceitos de ΣΥΜΒΕΒΗΚΟΣ e de ΣΥΜΠΤΩΜΑ e suas traduções na carta a Heródoto de Epicuro

Orientação: Flávio Ribeiro de Oliveira

E-mail: samiasouen@gmail.com


Resumo: Nesta apresentação, introduzirei as principais discussões que venho desenvolvendo em meu trabalho monográfico, realizado no IEL - Unicamp. Nesse trabalho, possuo como foco o estudo de dois conceitos da filosofia de Epicuro: os conceitos de συμβεβηκός e de σύμπτωμα, mais precisamente do comentário que é feito acerca deles entre os parágrafos 68 e 73 da Carta a Heródoto. A proposta do trabalho de monografia é investigar, ao lado do texto original grego, particularmente as traduções daqueles que foram exímios estudiosos não apenas do grego antigo; mas sobretudo da filosofia de Epicuro e, com isso, investigar a mútua influência que existe entre entendimento filosófico e determinadas escolhas de tradução – principalmente no que refere aos conceitos e aos parágrafos mencionados – para que possamos pensar as opções para a tradução que gostaríamos de fazer em português e o que elas significam. 

Palavras-chave: συμβεβηκός; σύμπτωμα; Epicuro; Filosofia da Natureza; Tradução Filosófica.


Postagens mais visitadas