MESAS DOS DISCENTES - 14/04/2021


MESAS DOS DISCENTES

 

14/04/2021

MESA 15 –  Filosofia Contemporânea II (10:00 - 12:00)

https://youtu.be/JQnrqqiGI0k

Coordenador: Danilo Miranda Rodrigues

BRUNA ABAD SANTOS  (USP) 

Orientação: Maria Lúcia Cacciola 

Financiamento: CNPq

E-mail: bruna.abad@usp.br

A SATISFAÇÃO ESTÉTICA NA FILOSOFIA DA ARTE DE SCHOPENHAUER 

O objetivo desta comunicação é investigar os fundamentos da satisfação estética schopenhauriana. Para tanto, a partir do parágrafo 37 do terceiro livro da obra magna de Arthur Schopenhauer "O mundo como vontade e como representação – Tomo I", analisaremos o caminho argumentativo construído pelo filósofo. Em primeiro lugar, (I) tomaremos a afirmação do gênio como capacidade de conhecimento. Em segundo lugar, (II) partiremos da concessão à essa afirmação: mesmo que o sujeito genial seja um diferente modo de conhecimento, a saber, o puro sujeito do conhecimento, todos os outros indivíduos precisam possuir em maiores e menores graus essa capacidade. Em terceiro lugar, (III) justificaremos o porquê desta última afirmação. Para, enfim, dilucidar a satisfação estética como consequência da clarividência da Ideia, assim como consequência de olhar o mundo pelos olhos do artista. 

Palavras-chave: Conhecimento; Ideia; Gênio.

TOBIAS RAMOS RUMIN (USP) 

Orientação: Eduardo Brandão

Financiamento: CNPq

E-mail: tobias_ramos_rumin@usp.br

O ESPÍRITO GREGO EM NIETZSCHE: A CRÍTICA VITALISTA

A filosofia de Nietzsche norteia-se pela articulação de elementos gregos. Em nostalgia para com o passado grego e em discrepância com a modernidade ocidental, Nietzsche constrói uma filosofia radicalmente oposta à que observa na história pós-Socrática, uma filosofia vitalista. Objetivamos explorar sua relação com o helenismo e a sua concepção de espírito grego a fim de destacar a influência de tais conceitos na construção de uma filosofia vitalista. Para tal, pautamo-nos na análise de suas obras de juventude somada às considerações de autores extemporâneos à Nietzsche. Analisamos os aspectos-chaves do vitalismo nietzscheano em paralelo ao helenismo a fim de explicitar seus fundamentos, o modo que se articulam e se desenvolvem nas obras nietzschianas. Por fim, visamos evidenciar o modo pelo qual a leitura vitalista nietzscheana da antiguidade grega possui e articula o espírito grego. 

Palavras-chave: Espírito Grego; Helenismo; Vitalismo; Dionisíaco; Tragédia.

WESLEY FERNANDO RODRIGUES DE SOUSA (UFSJ) 

Orientação: Fábio de Barros Silva

E-mail: wesleysousa666@outlook.com

A “PARTICULARIDADE” COMO CATEGORIA ESTÉTICA EM GYÖRGY LUKÁCS

O intento do breve artigo ancora-se nos escritos de György Lukács, em especial, em sua obra de maturidade, levando à discussão da categoria da particularidade na esfera estética. O ponto central é demonstrar de que maneira o nexo categorial do filósofo é contributivo, não apenas como substrato teórico construído dentro do campo da estética, mas sobretudo como reflexão a práxis humana artística frente à vida cotidiana dos seres humanos. Essa argumentação, em suma, permite explorar a hipótese de uma “estética marxista”, a qual desde antes de sua Estética o autor procurou justificar.

Palavras-chave: Lukács; Estética; literatura; particularidade; realismo.

MESA 16 –  Filosofia Francesa (10:00 - 12:00)

https://youtu.be/bop7JHsQ0zI



Coordenador: Alvaro Itie Febronio Nonaka

DAILA ATAÍDE DOS SANTOS (UFBA) 

Orientação: Vinícius dos Santos

E-mail: dailaataide@gmail.com 

A MÁ-FÉ NA ONTOLOGIA SARTREANA

“A existência precede a essência”, máxima do existencialismo de Sartre, revela que o homem nasce sem uma essência a priori e só lhe é garantida a sua liberdade, a qual é promoção e manutenção de toda a sua existência no mundo. A liberdade é o que o homem vem a ser a cada momento. O homem escolhe a partir da indeterminação, ele torna-se e ele faz o que ele deseja ser. Contudo é preciso ter claramente em sua consciência que se os atos do homem, todo e qualquer um – são livres, isto significa que escolher por tomar uma ação é o mesmo que tornar-me responsável por esta ação. Sem um deus; ou qualquer outra possibilidade de um determinismo, o homem precisa assumir a responsabilidade. Isso significa que o homem é responsável por toda a humanidade. Nesta oportunidade, pretende-se enfocar o conceito da má-fé para compreender suas possibilidades ontológicas e seus desdobramentos morais.

Palavras-chave: Má-Fé; Ontologia; Liberdade.

MARIA LUIZA LIMA SEABRA (USP) 

Orientação: Tessa Moura Lacerda

E-mail: maluseab@gmail.com

DO FUNDAMENTO AO SEM FUNDO: A INVERSÃO DO PRINCÍPIO DE RAZÃO SUFICIENTE EM "DIFERENÇA E REPETIÇÃO" DE GILLES DELEUZE

Em Diferença e Repetição Gilles Deleuze expõe os princípios de uma filosofia da diferença, que tem como primeira tarefa a “reversão do platonismo”. Essa reversão se realiza através da crítica radical da noção de fundamento na filosofia. O fundamento platônico é concebido como uma  prova ou crivo que distribui a legitimidade entre os pretendentes. O princípio de razão suficiente, enquanto “fundamento que seleciona” o melhor dos mundos. A crítica de Deleuze consiste em demonstrar que o princípio de razão trabalhou até então a favor do primado da identidade e da exclusão das diferenças. No entanto, inverte o papel da razão suficiente. Não mais subordinado ao princípio de identidade, o ato de fundar ganha um novo sentido, orientando-se para o sem-fundo, isto é, o a-fundamento universal em que culmina a filosofia da diferença, “o ponto em que a origem radical se reverte em ausência de origem”.

Palavras-chave: Deleuze; Leibniz; Princípio de Razão Suficiente; Filosofia da diferença; Fundamento. 

SAMUEL HERRERA BORDALO (USP) 

Orientação: Alex de Campos Moura

E-mail: samuelbordalo@usp.br

A FENOMENOLOGIA DA PERCEPÇÃO EM PARALAXE: MERLEAU-PONTY E A NEGATIVIDADE LACUNAR DA LÓGICA PARALÁCTICA

Maurice Merleau-Ponty era muito atento à ciência de seu tempo. Até mesmo por isso, ele criticou as ciências por deixarem de fora do saber o indeterminado, a subjetividade, a consciência, etc. Para o autor, uma fenomenologia se faz atenta à aparição do ser para a consciência, o que não exclui a ciência, mas a redimensiona na vida da qual nasce. Tendo em vista isso, recorremos a uma descrição científica contemporânea, a da paralaxe, para investigarmos as formas de negatividade na Fenomenologia da Percepção. Pois nossa hipótese é que estas são partes inerentes de suas críticas às ciências e às filosofias. Nesse sentido, lacunas e contradições são lógicas imanentes dos fenômenos – e o rechaço delas traria prejuízos ao mundo. Em nossa exposição, pretendemos mostrar alguns casos e os sentidos de lógicas “paralácticas” na obra de Merleau-Ponty.

Palavras-chave: Fenomenologia; Merleau-Ponty; Negatividade; Paralaxe; Dialética.

MESA 17 –  Filosofia Política (10:00 - 12:00)

https://youtu.be/bzZ-xs2sDvQ

Coordenador: Carolina Bernardini Antoniazzi

FELIPE DA SILVA LOPES (UEPA)

Orientação: Marcos Murelle

Financiamento: FADESP

E-mail: felipe.lopes@aluno.uepa.br

O ESGOTAMENTO COMO PARADIGMA CIRCUNDANTE DA SOCIEDADE DO SÉCULO XXI SOB A PERSPECTIVA DE BYUNG-CHUL HAN.

A era digital oriunda da globalização leva os indivíduos a experienciar o tempo de forma veloz, seja no modo de se relacionar com o outro, na alta velocidade das informações e no trabalho. É nesta velocidade da sociedade atual que o novo paradigma se impõe: o esgotamento. A sociedade não é mais coercitiva, agora é permissiva,  propõe ao sujeito a positividade do "yes, I can", assim  é livre para buscar seus objetivos. O que está por trás desse novo imperativo é uma liberdade disfarçada de exploração,  o sujeito é explorador e explorado. O sujeito de desempenho, explica Han, é o exemplo da sociedade do cansaço, pois o indivíduo agora é responsável pelos seus resultados e, portanto, é necessário produzir: deve-se consumir mais para produzir mais. Habita no inconsciente do indivíduo uma pretensa liberdade que submete o indivíduo a longas horas de trabalho, pois toda hora é hora de produzir.

Palavras-chave: Esgotamento; Desempenho; Consumo; Byung-Chul Han; Cansaço.

ISABEL DE ALMEIDA BRAND (USP) 

Orientação: Alberto Ribeiro Gonçalves de Barros

Financiamento: CNPq

E-mail: isabelbrand@usp.br

NOTAS SOBRE A CRÍTICA DE STUART MILL AO CRISTIANISMO EM ON LIBERTY

Em On Liberty, Mill observa que é a partir dos gostos e desgostos de uma sociedade, ou da parte mais poderosa dela, que são determinadas as regras gerais a serem observadas. Na maior parte dos casos, não se investiga qual foi o estado de coisas que levou a adoção desses gostos e desgostos por mais que haja conflito, em alguns de seus detalhes, com o sentimento da humanidade. Nesse sentido, o filósofo britânico toma o exemplo da crença religiosa para ilustrar em diversos aspectos a falibilidade do senso moral. Essa comunicação reflete sobre as considerações de Mill acerca da tradição cristã tendo em vista a tirania de opinião e de sentimentos dominantes na Inglaterra do século XIX. Essas considerações se configuraram em uma crítica contra a tendência da sociedade de impor regras de conduta e de cultivar um indivíduo passivo e obediente como modelo de excelência humana.

Palavras-chave: Liberdade; Stuart Mill; Tirania; Tradição.

JHONATAN RELHER (UFSJ) 

Orientação: José Luiz de Oliveira

Financiamento: PIDAC-Af/UFSJ

E-mail: jhonatan.relher@gmail.com

A FIGURA DE EICHMANN E A FACULDADE DO PENSAR EM HANNAH ARENDT

Em sua obra Eichmann em Jerusalém (1999), Hannah Arendt analisa o julgamento de Adolf Eichmann - um ex-oficial do regime nazista responsável pela deportação dos judeus europeus durante o Holocausto, que, por sua vez, se tornou um perito na questão judaica. Durante o seu julgamento, a autora destaca sua incapacidade de fugir dos clichês burocráticos e sua conspícua superficialidade em condutas convencionais e padronizadas. Diante dessa figura, Arendt se espanta (thaumazein) com a ausência de pensamento nele existente - a falta de parar para pensar. Esse espanto levou Arendt a questionar se teria sido a ausência de pensamento uma das condições capazes de levar o homem a fazer o mal. Nessa perspectiva, este trabalho busca analisar a relação conflitante entre o mal que se torna banal, expresso na figura de Eichmann, e a faculdade humana de pensar, no sentido de se evitar catástrofes.

Palavras-chave: Banalidade; Holocausto; Julgamento; Mal; Pensamento.

LEONARDO LUIZ MARTINS (UFSJ) 

Orientação: José Luiz De Oliveira

Financiamento: CAPES

E-mail: leonardomartins38@gmail.com

A ORIGEM DO RACISMO NA PERSPECTIVA DE HANNAH ARENDT

O presente trabalho tem a intenção de discorrer sobre o uso da ideologia racial como arma política e sua força persuasiva de dominação do homem moderno no início do século XX em Hannah Arendt. Para tanto, explicitaremos de que maneira essa dominação foi amplamente propagada pelo nazismo em sua campanha de afirmação com o intuito de conquistar mais simpatizantes, de modo a garantir a manutenção da sua hegemonia e da posição de privilégio que ocupava na sociedade. Nessa perspectiva, buscar-se-á abordar de que forma o nazismo chegou ao ponto de difundir suas ideias nas relações sociais, sobretudo no controle exercido nas massas, e quais elementos foram usados para que essa ideologia racial chegasse a dominar o espírito do homem, de maneira que o racismo continue presente na contemporaneidade.

Palavras-chave: Ideologia; Nazismo; Racismo.

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