MESAS DISCENTES - 12/04/2021

 


MESAS DISCENTES

12/04/2021

MESA 11 –   Filosofia e Psicanálise(10:00 - 12:00)

https://youtu.be/a28qkv0UhGo

Coordenador: Simone Bernardete Fernandes

PEDRO OLIVIERI FONSECA (UEL) 

Orientação: Eder Soares Santos

Financiamento: Fundação Araucária

E-mail: pedro.olivieri@uel.br

A PSICOTERAPIA NA ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA-EXISTENCIALISTA: A FENOMENOLOGIA DA IMAGEM E DA IMAGINAÇÃO EM GASTON BACHELARD

Adota-se como objeto de estudos para o desenvolvimento da pesquisa deste subprojeto, a abordagem da fenomenologia enquanto um método, tal qual possibilite a aproximação e o embasamento fundamental para com o centro de investigações e produções de conhecimento da psicologia. Isto é, o presente subprojeto se debruça na abordagem da psicoterapia a partir da perspectiva da fenomenologia-existencialista, mais especificamente do método fenomenológico tratado e profundamente enriquecido pelo pensador Gaston Bachelard, em seus dois períodos de produção intelectual, um direcionado ao conhecimento objetivo e científico, e outro direcionado ao conhecimento das imagens nos processos do imaginário, também dentro relação de produção de conhecimento, mas que agora está interessado em investigar sobre as características fundantes dos seres humanos num sentido mais abrangente, peculiar e idiossincrático.

Palavras-chave: Bachelard; Imaginário; Fenomenologia; Psicoterapia.

SAMIA SOUEN TORTORELLA (UNICAMP) 

Orientação: Daniel Omar Perez

Financiamento: FAPESP

E-mail: samiasouen@gmail.com

O ESTRANHO NA TRAMA CONCEITUAL DA PSICANÁLISE

Nesta exposição, abordarei a discussão fundamental desenvolvida em minha pesquisa de Iniciação Científica (a qual teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), processo nº 2019/12033-7) acerca do texto "O Estranho", publicado por Freud em 1919. A partir da leitura que faço desse texto, entendo haver uma dificuldade entre a definição do conceito de estranho, elaborada pensando-se a noção de retorno do recalcado, e alguns outros conceitos psicanalíticos aos quais também associamos o retorno do recalcado. Enxergando essa dificuldade e tentando ao máximo reduzi-la, busco retrabalhar a relação entre estranho e retorno do recalcado – mobilizando outro texto de Freud: "O Homem Moisés e a Religião Monoteísta".

Palavras-chave: Freud; Estranho; Unheimliche; Psicanálise.

MESA 12 - Primeira Modernidade (10:00 - 12:00)

https://www.youtube.com/watch?v=xBHSyjgiB7Y

Coordenador: Eugênio Mattioli Gonçalves

GIULIA BERTOLI MIRAGLIA (USP) 

Orientação: Luis César Guimarães Oliva

Financiamento: CNPq

E-mail: giuliabmiraglia@gmail.com

OS SENTIDOS DA LIBERDADE CARTESIANA

O presente trabalho teve por objetivo investigar o papel, função e problemas implicados no conceito de liberdade na obra de René Descartes (1596 - 1650), mais especificamente daqueles presentes nas Meditações Metafísicas e Princípios de Filosofia. Visou-se comparar ambas as obras a fim de investigar se há diferenças significativas entre as duas formulações e, se sim, quais as implicações e motivos destas mudanças. As obras de Descartes foram lidas e analisadas a partir do paradigma tradicional do departamento de filosofia da USP, a saber, a leitura estrutural, sem no entanto ignorar as circunstâncias históricas tanto das obras quanto do autor. Além da análise da bibliografia central, também buscou-se fontes secundárias de autores tradicionais como Geneviève Rodis-Lewis, Étienne Gilson, Guéroult e Gouhier, mas também autores contemporâneos, como Janowski , Kremer e Ragland. 

Palavras-chave: Descartes; Filosofia Moderna; Liberdade.

LUÍSA NUNES DE OLIVEIRA BAFFI (USP) 

Orientação: Marilena Chaui

Financiamento: CNPQ

E-mail: luisansol@usp.br

UMA BREVE ANÁLISE SOBRE A "MOLDURA" DO TRATADO TEOLÓGICO-POLÍTICO DE ESPINOSA

A obra de Baruch Espinosa aqui abordada, o Tratado Teológico Político, tem sua estrutura dividida por alguns comentadores em três partes. A análise sobre a qual nos debruçaremos tem como objeto principal o prefácio e o capítulo XX desta obra, buscando abarcar algumas correlações entre sua introdução e sua conclusão. A partir de uma breve exposição destes dois momentos, discorreremos sobre a forma que a liberdade política é tratada em cada um. Assim, entre a proposição do prefácio e a conclusão se intercala o percurso que permite passar de um momento ao outro, de tal modo que o núcleo está emoldurado pela proposta – no prefácio – e pela conclusão – no capítulo XX. Dessa forma, comprovamos que, essas conclusões, e esta estrutura argumentativa como um todo, só podem ser compreendidas quando estabelecida e explicitada a correlação entre estes dois momentos da obra, aparentemente opostos.

Palavras-chave: Espinosa; TTP; Prefácio; Conclusão.

VINICIUS APARECIDO DUARTE MARTINS (UEL) 

Orientação: Aguinaldo Antonio

Financiamento: PIBIC

E-mail: vinicius.duarte@uel.br

A RECUSA DA PREPARAÇÃO DA MORTE EM MONTAIGNE

Esse presente artigo terá como pergunta principal: qual a maneira recomendada por Michel de Montaigne para lidar com a morte? A fundamentação para a minha  resposta se baseará na sua principal e única obra: os Ensaios. Focarei no ensaio Filosofar é aprender a morrer, podendo usar outros ensaios como apoio. Farei uma contextualização do papel da morte na sabedoria em Montaigne a partir do estudo do Villey, usando do texto Os “Ensaios” de Montaigne. Buscarei apresentar como a meditação estóica era a meta moral no início do ensaio e de como ela mudará para, no fim do próprio ensaio, a despreocupação total para com os preparativos da morte. Assim, retorno à questão dada no início desse resumo respondendo de que a verdadeira sabedoria sobre a morte é aquela onde não há preparação. “Feliz a morte que não deixa tempo para que se preparem tais acompanhamentos” (E I, 20, p. 142).

Palavras-chave: Sabedoria ; Estoicismo ; Morte ; Montaigne.


MESA 13 –  Filosofia Contemporânea I (10:00 - 12:00)

https://youtu.be/aAQFSxpn2R8

Coordenador: Israel Milhomem

MANOEL CARDEAL DA COSTA NETO (UEL) 

Orientação: Eder Soares Santos

Financiamento: FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA

E-mail: manoel.ccostan@uel.br

O SER-PARA-A-MORTE DE HEIDEGGER CONFRONTADO PELA DIALÉTICA DA MORTE DE TANABE: UM POSSÍVEL PONTO DE CONVERGÊNCIA ENTRE AMBOS

A morte é um assunto recorrente em toda história da filosofia, quando Sócrates diz que a filosofia é uma preparação para a morte, ou quando Schopenhauer expressa que a morte é a própria musa da filosofia. Sendo assim, o objeto deste trabalho se trata da temática da morte dentro da filosofia de Heidegger e de suas possíveis influências e similaridades em relação ao pensamento oriental, o qual tratarei especificamente sobre Hajime Tanabe, um membro da Escola de Kyoto e de suas influências budistas. Como objetivo final, pretende-se alcançar um maior esclarecimento filosófico sobre o tema e seus autores, se utilizando de ambas as filosofias, ocidental e oriental, indicando diferenças e semelhanças.

Palavras-chave: Morte; Heidegger; Tanabe.

TÉO PULITI SERSON (USP) 

Orientação: Marco Aurélio Werle

E-mail: teopserson@usp.br

INTERPRETAÇÃO DE HEIDEGGER DO INÍCIO DA FILOSOFIA NA PASSAGEM DA ALÉTHEIA PARA A IDÉA

A pesquisa que apresentarei neste encontro se debruça sobre a interpretação de Heidegger do início da filosofia. Mais especificamente, a pesquisa aborda textos de Heidegger que pensam o início da metafísica na passagem do dito pensamento pré-socrático para Platão, buscando compreender como, segundo Heidegger, Platão ao mesmo tempo pressupõe a articulação ontológica dos pensadores pré-socráticos e rompe com ela. Essa ruptura, (enquanto o movimento que marca o início da filosofia) é pensada por Heidegger como uma decisão sobre a essência da verdade. Para compreender esse movimento, optei por reconstruí-lo a partir de textos de Heidegger que interpretam separadamente Heráclito ("Logos: fragmento 50") e Platão ("A Doutrina Platônica da Verdade"), em conjunto com o texto "O Que é Isto - a Filosofia?" que aborda a passagem propriamente dita entre esses dois momentos distintos.

Palavras-chave: História da Filosofia; Ontologia; Verdade.

MESA 14 –  Idealismo alemão (10:00 - 12:00)

https://youtu.be/M3HIwTqVKnk


Coordenador: Fabiana Del Mastro

ARTUR RIBEIRO DE MENDONÇA CARDOSO  (UFMG) 

Orientação: Giorgia Cecchinato

E-mail: artur.rmcardoso@hotmail.com

A QUESTÃO DO MÉTODO ENTRE HEGEL E ESPINOSA

Durante toda sua carreira, Hegel citou, comentou e criticou Espinosa. Uma de suas críticas ao filósofo holandês é a de que o método geométrico, usado por Espinosa na construção de sua filosofia, é inadequado para uma atividade filosófica verdadeiramente antidogmática. Hegel realiza essa crítica ao método geométrico espinosano para compará-lo ao seu método dialético de raciocínio. O método dialético permitiria com que o conhecimento filosófico construído a partir dele encontrasse sua justificativa em seu próprio desenvolvimento, ao contrário do método geométrico que, segundo Hegel, precisaria de um princípio arbitrário para sua aplicação. Contudo, o francês Pierre Macherey, em seu livro “Hegel or Spinoza”, oferece uma tréplica a Hegel a partir de uma similaridade na forma como ele e Espinosa utilizam seus respectivos métodos.

Palavras-chave: Hegel; Espinosa; Método; Modernidade; Macherey.

GUILHERME ALEXANDRE MARTINS AMARAL (UNESP) 

Orientação: Pedro Geraldo Aparecido Novelli

E-mail: guilherme.alexandre@unesp.br

NO LIMIAR DA CONSCIÊNCIA E DO MUNDO SENSÍVEL À CONSCIÊNCIA-DE-SI E AO MUNDO SUPRA-SENSÍVEL: UMA ANÁLISE DA FORÇA E ENTENDIMENTO; FENÔMENO E MUNDO SUPRA-SENSÍVEL, NA FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO

Objetivamos, com nossa apresentação, expor um momento particular dentro do desenvolvimento total de nossa pesquisa. Nossa apresentação será pautada na exposição do capítulo Força e Entendimento, Fenômeno e mundo supra-sensível, da Fenomenologia do Espírito, de Hegel (1770-1831). Neste capítulo, buscaremos expor um conjunto de conceitos importantes ao desenvolvimento do respectivo capítulo, tais como: universal incondicionado; força; ser-para-si; ser-para-outro; contradição; interior; entendimento; fenômeno; dialética. Tais conceitos compõem o núcleo sólido deste capítulo, que encerra a consciência e abre as portas para a consciência-de-si. Buscaremos, igualmente, relacionar o respectivo capítulo com o precedente, a percepção ou: a coisa e a ilusão. Realizadas tais considerações, objetivamos exprimir a importância que tal capítulo possui no desenvolvimento da Fenomenologia do Espírito.

Palavras-chave: Hegel; Contradição; Força; Fenomenologia do Espírito; Consciência.

LARISSA GABRIELE SOARES DA SILVA (UFSCAR)

Orientação: Paulo Roberto Licht dos Santos

Financiamento: FAPESP

E-mail: larissagabrielesoaress@gmail.com

A COGITABILIDADE E O PROBLEMA DA COISA EM SI

A Crítica da Razão Pura faz uma distinção entre o cogitável e o cognoscível e, ainda que o cogitável seja um conceito sem conteúdo, ele tem importância para problemas da Crítica, em particular, para entender a própria discussão polêmica entre fenômeno e coisa em si. Pretendemos mostrar, nesta apresentação, que sem a especificação da cogitabilidade o problema da coisa em si não pode ser pensado de maneira consistente, isto é, qualquer passo para resolvê-lo pressupõe a cogitabilidade. Para tanto, nossa comunicação passará por quatro etapas: 1. distinção entre o cognoscível e o cogitável; 2. a coisa em si enquanto correlação semântica; 3. a coisa em si enquanto causalidade; 4. a necessidade da cogitabilidade para pensar qualquer resolução. Em suma, trataremos da cogitabilidade e sua importância para problemas debatidos na história da filosofia, em especial o problema da coisa em si. 

Palavras-chave: Kant; fenômeno; coisa em si; cogitabilidade; cognoscibilidade.


Postagens mais visitadas